Não podemos mais ter uma Segurança Pública em São Paulo que encare a população como inimiga, alvo de morte e destruição.

De janeiro a outubro de 2024, 1 a cada 4 assassinatos em São Paulo foi cometido pelas polícias Civil e Militar. Trata-se de um aumento de quase 80% da letalidade policial no estado, onde a polícia se tornou a responsável por cerca de ⅓ das mortes de crianças e adolescentes, que dispararam durante a gestão Derrite.

No último dia 2 de dezembro, um homem que passava por revista policial foi covardemente arremessado do alto de uma ponte por um agente da PM. 

Em novembro, no Jardim Prudência, zona sul, no estacionamento de um mercado Oxxo, um PM de folga matou com tiros pelas costas Gabriel Soares, que havia furtado um sabão. O PM diz que foi legítima defesa, que o rapaz estava armado. As imagens desmentem.

Na Vila Mariana, bairro nobre da zona sul, um policial matou com tiro à queima-roupa um estudante de medicina que passou pela viatura e deu um tapa no retrovisor. O jovem estava sem camisa e desarmado.

Pouco tempo antes disso, o Secretário de Segurança defendeu a operação policial no Morro São Bento, na Baixada Santista, que deixou duas pessoas mortas e duas feridas, entre elas um menino de apenas 4 anos.

O pai da criança havia sido assassinado pela PM meses antes, durante a chamada Operação Verão, ação altamente festejada e elogiada pelo Governador Tarcísio e pelo Secretário de Segurança, Guilherme Derrite, sempre dispostos a negar a ocorrência de abusos e arbitrariedades no curso da Operação que deixou inúmeros civis mortos nas periferias das cidades de Santos e Guarujá.

Fica nítido que não estamos falando de casos isolados, mas de um processo coordenado de violência extrema que está sustentado pela certeza de impunidade. 

A sensação é de que a Polícia Militar está fora de controle, mas na realidade essa barbárie tem dois responsáveis: o secretário de segurança pública e o governador do estado, que reiteradamente toleram, justificam e, em alguns casos, até mesmo estimulam a violência policial em seus discursos públicos e decisões políticas. 

Mais do que respostas sobre o que está acontecendo, nós queremos o fim dessa ação orientada de morte e extermínio ao nosso povo!

Queremos a demissão imediata de Derrite!

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